Essa área, que se estende desde a Turquia até o Afeganistão, apresenta como característica física dominante o predomínio do clima seco, o que resulta na existência de desertos. Como característica populacional, destaca-se a ocupação por brancos e uma das densidades demográfícas mais baixas do continente.
O Oriente Médio reúne 16 países independentes, muito importantes pelas notáveis reservas de petróleo que alguns possuem e por sua posição estratégica, já que essa região é o elo de ligação entre Europa, Ásia e África. É uma área constantemente agitada por conflitos de origens diversas: o antagonismo histórico entre esses países; a grande mescla de seitas e religiões (islamismo, cristianismo,judaísmo); os sistemas político-econômicos vigentes, levando ao alinhamento com os Estados Unidos ou com a Rússia.
Apesar de todas essas diferenças, há muitas semelhanças, principalmente em nível econômico: os países são todos subdesenvolvidos(à exceção de Israel) e neles a atividade industrial de transformação é bastante escassa, predominando pequenas indústrias têxteis ealimentares. A agricultura é praticada nas poucas regiões onde não ocorrem desertos. Os principais produtos agrícolas são trigo,cevada, milho, arroz e cítricos, cultivados sobretudo na Turquia, Síria, Líbano, Israel e Iraque. A pecuária restringe-se ao pastoreionômade de camelos, cabras e ovelhas.
O grande destaque econômico do Oriente Médio, em nível internacional, é a exploração do petróleo, que tem sido responsável pela entrada de lucros fabulosos nos países produtores. Os lucros do petróleo, entretanto, pouco têm contribuído para atenuar o elevado grau de subdesenvolvimento da maior parte dos países dessa área, acentuando, ao contrário, a enorme disparidade na distribuição de renda.
Em 1960, Arábia Saudita, Iraque, Irã, Kuwait e Venezuela (país sul-americano) criaram a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), à qual se filiaram durante asdécadas de 1960 e 1970: Catar e Abu Dhabi (um dos Emirados Árabes Unidos), Indonésia (país da Insulíndia), Equador (país sul-americano) e também Líbia, Argélia, Nigéria e Gabão(localizados na África). Liderada pelos países árabes, a OPEP tem como objetivo controlar o preço do petróleo. Em 1973, essa organização multiplicou o preço do barril de petróleo, provocando uma série de desajustes econômicos nos países importadores, que ficou conhecida como crise do petróleo. Diversos desses países passaram a explorar jazidas até então consideradas não-rentáveis e desenvolveram fontes alternativas de energia. Em virtude disso, a OPEP foi obrigada mais tarde a reduzir o preço do barril de petróleo, cujo consumo retraiu-se.
A maior parte do Oriente Médio é ocupada pelos países árabes. Localizados na Península Arábica e vizinhanças, são nações fundamentalmente agropastoris, caso do Iêmen, enquanto na Arábia Saudita, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Iraque, Omã, Catar e Barein o petróleo é a grande riqueza nacional, impondo uma paisagem de torres e oleodutos onde durante séculos houve apenas um deserto sem proveito econômico.
Há ainda o Líbano e a Síria, países cuja agricultura e indústria são mais desenvolvidas, muito embora o Líbano, arrasado por conflitos intermináveis, sobreviva com grandes dificuldades. A Jordânia difere de todos por sua atividade mineradora caracterizada pela exploração de fosfato e mármore.
Entre os países não-árabes, há Israel, a nação mais industrializada e desenvolvida do Oriente Médio, além de três grandes Estados - Turquia, Irã e Afeganistão. A indústria turca está se desenvolvendo rapidamente, graças aos incentivos governamentais e às riquezas minerais do país, como carvão, ferro, manganês, cromo e cobre. A economia iraniana baseia-se principalmente na extração e comercialização do petróleo, enquanto a agropecuária é a base econômica do Afeganistão.
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