A música na Índia
Ao final do domínio budista e helenismo
A musicalidade árabe desembarcou no solo indiano no século XIV, durante a vigência do Islamismo, conferindo à musica local uma nova vibração, um novo colorido. Mas a queda do império da Mongólia, no século XIX, e a concretização do imperialismo britânico na Índia, desvaneceu-se o antigo brilho da cultura musical. Mesmo assim, pode-se afirmar que a presença da música produzida no Ocidente é quase nula nesta região da Ásia.
Já no universo Ocidental a influência da música indiana cresceu com a ascensão do grupo The Beatles, uma vez que seus integrantes tinham grande afinidade com esse estilo musical, e contribuiram para a divulgação destes ritmos no Ocidente. Esta tradição, adepta de uma temporalidade muito diferente da ocidental, não percebendo distinções entre o presente, o passado e o futuro, imprimiu suas marcas na musicalidade européia e americana. Os indianos só diferenciam o hoje – ‘aj’ -, do passado e do futuro, ambos traduzidos pela mesma expressão – ‘kal’.
Esta concepção temporal reflete diretamente na visão musical, na criação das escalas, na divisão das oitavas, na instituição dos intervalos, no tecer das melodias. A música indiana não segue a convencional percepção ocidental, de começo e fim; ela flui, como se nascesse repentinamente e se esvaísse da mesma forma. Seu sistema melódico atual baseia-se no RAGAS – composto por 5, 6, ou 7 notas ligadas às estações sazonais, às horas diárias, aos sentimentos, às paixões, às castas, entre outros elementos desta cultura. Os principais instrumentos que acompanham as músicas indianas são o sitar, a vina, a flauta de bisel e as tablas.
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